A cachaça da minha avó

E pensar que a idéia surgiu de um tópico no

Falávamos animadamente sobre a branquinha, a caninha, a água-que-passarinho-não-bebe… Não bebe porque não sabe o que é bom! A cachaça pura, amarelinha ou translúcida, aromática, de sabor forte ou suave, que desce rasgando ou esquentando, é sensacional! Não é á toa que atravessa o mundo representando nosso país!

Eu contava que anualmente, quando minha avó paterna vem da Bahia, ela trás na bagagem, além das guloseimas típicas, uma aguardada garrafa de cachaça de alambique, produzida em um engenho de fundo de quintal vizinho á ela. Vem em uma garrafa genérica, de vidro marrom, fechada com rolha. Vem com aroma de garapa, sabor encorpado e cremoso. Vem com a pureza do interior, com a rusticidade dos que a fabricaram manualmente, com a força da terra. Vem principalmente, sem o preconceito das pessoas que torcem o nariz quando você diz ser apreciador de cachaças. Já acham que você é um pinguço de primeira, desses que fecham o bar! Acham que você gosta de cachaças industrializadas sem cuidado, sem arte, ou ainda pior, vendidas em garrafinhas arredondadas de plástico… Por vezes a garrafa é até bonita, mas desculpem-me os “descolados”, mas não é garrafa de design arrojado que faz a qualidade de uma cachaça!

Não sou profunda conhecedora de aguardentes, mas gosto, e sei diferenciar uma boa cachaça de uma ruim. Sei que muitas das melhores vêm de Minas, outras “dos interior” e de tantos outros rincões. Mas a que a minha avó manda, ah, essa sim é sensacional!

Texto enviado por Diana Alcantara, psicóloga e apreciadora de uma cachaça.

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