Cadeia produtiva da Cachaça – Parte 5

MERCADO CONSUMIDOR

5.1 Concorrência e Mercado

O mercado brasileiro de cachaça possui alguns pontos fortes que viabilizam ingressar e manter-se ativo. O fato de a cachaça estar identificada como um produto genuinamente brasileiro, faz que seja favorável sua exclusividade mediante o consumidor externo. A sua tradição e carinho pelo povo brasileiro, faz com que tenha boa aceitação no mercado consumidor interno, desta forma, há espaço para um mercado consumidor de forte potencial.

5.2 Inexistência de Padrão de Qualidade

O não cumprimento à legislação e a falta de controle técnico-administrativo de produção, ocasionam a fabricação de produto de baixa qualidade. Fato este que ocorre devido à ignorância e/ou dificuldade ao acesso de técnicas contemporâneas disponíveis aos produtores.

5.3 Informação

A falta de dados concretos sobre a atividade de produção e comercialização mascara qualquer tentativa de desenvolvimento setorial. Por essa razão, são necessárias ações conjuntas e uniformes para a obtenção de resultados reais sobre as dificuldades existentes e as peculiaridades do setor.

5.4 Desenvolvimento Tecnológico

Há poucos centros de pesquisa, assim como falta de incentivo a investimentos em novos produtos e em melhorias no processo. Os centros de pesquisas precisam, por iniciativa própria, melhorar os equipamentos e dispor-se à troca de experiência.

5.5 Informalidade

Há inúmeros de pequenos produtores sem qualquer tipo de orientação. A falta de estrutura acaba refletindo na qualidade do produto e, conseqüentemente, na sua imagem.

5.6 Pré-conceito

A imagem do produto vem lutando para alcançar seu devido valor no mercado. É preciso conscientizar os produtores que a imagem é uma forma de dar sustentabilidade e consistência a introdução da cachaça no mercado internacional. É imprescindível o apoio das entidades governamentais para a divulgação da cachaça no exterior e a sua inclusão na Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior. Aumentando, dessa forma, a credibilidade no setor e a seriedade ao PBDAC. Como perspectiva para o mercado de cachaça é preciso, ainda, fazer com que o produtor que se encontra na informalidade, seja capaz de integrar ao mercado empresarial formal, seja por iniciativa própria, seja através de cooperativas, ou outros tipos de entidades. Em conseqüência, os produtores que estiverem preparados para enfrentar a concorrência, tornar-se-ão mais rentáveis e competitivos.

A essência da formulação de uma estratégia competitiva, segundo Porter (2001), é relacionar uma indústria ao seu meio ambiente, de forma a encontrar uma posição dentro dela em que seja possível melhor se defender das forças competitivas ou influenciá-las a seu favor,pesquisando em maior profundidade e analisando as fontes de cada força. O conhecimento dessas fontes subjacentes da pressão competitiva põe em destaque os pontos fortes e os pontos fracos críticos, anima o seu posicionamento no contexto sócio-econômico, esclarece as área sem que mudanças estratégicas resultarão em retornos para os agentes da indústria, além de por em destaque as áreas em que as tendências são da maior importância, quer como oportunidades, quer como ameaças.

Aplicando o modelo de Porter (1989) para analisar a concorrência na indústria, podem-se listar algumas considerações sobre as forças da concorrência no setor de cachaça de alambique, conforme se vê abaixo.

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